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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Fórum Internacional de Dança começa hoje 29/10/2014


Em um ano complicado, marcado por um evento esportivo de caráter mundial na cidade, a Copa do Mundo de futebol, e eleições majoritárias, o espaço e as verbas públicas para a cultura quase desapareceram. Por seu histórico longevo e sua importância para a cidade, o Fórum Internacional de Dança (FID) conseguiu captar recursos e realiza sua 19ª edição com um formato mais enxuto. Ela começa hoje à noite, com o espetáculo “Quantum”, da companhia Giles Jobin. “Este ano foi complicado”, afirma Adriana Banana, curadora e idealizadora do Fórum desde sua primeira edição.

Parte da programação do FID de 2014 foi possível graças a uma relação muito direta e fraterna estabelecida entre seus organizadores e os convidados. Se não pôde contar com tantos recursos financeiros, a edição deste ano é feita do esforço de vários artistas que conseguiram apoios em seus países de origem para vir a Belo Horizonte. Um deles foi Gilles Jobin, com uma carreira bem-sucedida e longa relação com a curadora do FID. “O Jobin sabe exatamente como as coisas funcionam por aqui e veio se apresentar no FID de 2000, quando ainda não era nada conhecido. Ele tem um trabalho supercoerente e é um superparceiro nosso”, exalta Banana.

O espetáculo de Jobin escolhido para abrir o FID traz uma interessante pesquisa ligada a noções físicas muito palpáveis desenvolvidas pelo artista no CERN, em Genebra, quando ele experimentou movimentos sob o efeito de um acelerador de partículas, capaz de simular uma gravidade igual a zero e alguns outros recursos que inspiraram sua criação. “O trabalho traz essa relação da dança com a ciência. Ele (Jobin) pega a física quântica e tenta uma aproximação, uma semelhança com a dança, lembrando Cunningham (o norte-americano foi um dos grandes bailarinos e coreógrafos do mundo e se notabilizou por sua verve vanguardista)”, pontua Banana.

Talvez a grande novidade para a edição de 2014 do FID seja o fim da dobradinha Adriana Banana e Carla Lobo, produtora que há muito produzia o evento. “Estamos próximos de nossos 20 anos, e é um momento propício para repensarmos nosso formato e nossa equipe. Temos que ter um ambiente favorável para o Fórum continuar”, diz a curadora. Para o lugar de Lobo, a escolhida foi a belga Dorothé Depeauw, que vive em Belo Horizonte há dois anos e sempre teve relação próxima com o FID. “Eu, para ser honesta, não estou pensando nessa responsabilidade. Estamos trabalhando para fazer com que o Fórum seja bom, e espero que tudo dê certo”, revela Dorothé, em seu ótimo português.

Programação. Um dos pontos altos do Fórum, em 2014, será a presença do Grupo Theater Hora, da Suíça, que apresenta seu trabalho “Disabled Theater”. O coletivo é composto por intérpretes que sofrem de algum tipo de deficiência intelectual, e esse trabalho que será apresentado em Belo Horizonte foi dirigido por uma das referências da dança contemporânea mundial: o francês Jérôme Bel.

Já “Projeto Tango”, do coletivo Periférico, vindo do Uruguai, foge das amarras do tradicional. “Não é aquele tango vigoroso dançado por um casal de homem e mulher apenas. É mais no afeto, na aproximação. Mostrando que há diferenças. É um jeito de ver o tango de uma forma contemporânea”, avalia Dorothé.

Em meio a um caleidoscópio tão variado de espetáculos, talvez seja complicado apontar uma única característica ou eixo curatorial que una o trabalho de curadoria do FID. “Pensar em uma curadoria temática é algo muito batido. Primeiro, escolhemos os espetáculos que queremos trazer, e depois tentamos entender como eles dialogam entre si”, comenta. “É importante pensar que o novo, a novidade está na relação que as pessoas têm com o que veem. Por exemplo, a dança que chamamos de contemporânea é de 1890, mais ou menos, mas, antes disso, temos uma tradição de mais de 500 anos de balé clássico, que não morreu e não vai morrer. As pessoas têm uma voracidade de consumir coisas novas somente pela novidade”, completa.

O risco de se trazer algo que não agrade ao público e à curadoria também é um fato que, segundo a curadora, faz parte do “jogo”. “Para ser honesta, eu não gosto de tudo que se apresenta no FID, isso faz parte da arte contemporânea. E nós temos limitações de orçamento. A gente escolhe o que pode”, avalia.


Local do Evento. CCBB (praça da Liberdade, s/nº, Funcionários)

Valor. R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada) às 20:30

Confira a relação de espetáculos na página: www.fid.com.br

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Última Despedida a Gisela Matos - LUTO




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